domingo, 2 de outubro de 2011

ALEGRIA VERDADEIRA

de Oswald Chambers


Então, regressaram os setenta, possuídos de alegria, dizendo: Senhor,
os próprios demônios se nos submetem pelo teu nome! Mas ele lhes
disse: Eu via Satanás caindo do céu como um relâmpago. Eis aí vos dei
autoridade para pisardes serpentes e escorpiões e sobre todo o poder
do inimigo, e nada, absolutamente, vos causará dano. Não obstante,
alegrai-vos, não porque os espíritos se vos submetem, e sim porque o
vosso nome está arrolado nos céus. - Lucas 10:17-20

Jesus Cristo diz, com efeito, 'Não lhe regozije em serviço bem
sucedido, mas regozije-se porque vocês estão bem relacionados
comigo'. A armadilha em serviço Cristão é de se alegrar em serviço
bem sucedido, de se alegrar com o fato que Deus lhe usou.

Você nunca pode medir o que Deus pode fazer através de você se você
for bem relacionado com Jesus Cristo. Mantenha seu relacionamento com
ele em forma, daí qualquer circunstância em que você se vê, e com
qualquer pessoa que você se encontre, Ele estará derramando rios de
água viva por meio de você. E, é da misericórdia dEle que ele não lhe
deixa saber."

A necessidade básica do missionário é que ele permaneça fiel ao
chamado de Deus e compreenda que seu único objetivo é fazer
discípulos para Jesus. Existe um anseio de ganhar almas que não tem
origem em Deus, mas no desejo de conquistar pessoas para o nosso
ponto de vista. Citações de Oswald Chambers do seu livro "Tudo Para
Ele" (Belo Horizonte: Editora Betânia, 1988)

Que possamos fazer discípulos de Jesus e não de uma posição, credo ou
grupo. Somente Jesus. Que toda honra e glória seja dEle, hoje e para
sempre.

sábado, 1 de outubro de 2011

AMANHÃ?

de Danilo Souza

"Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã
cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal". (Mateus 6:34)

É povo lindo, como que no ciclo da vida parece haver determinadas
porções de tribulações e de dificuldades. Ontem na igreja, conversava
com alguns parceiros da fé a respeito de um projeto que falhou. Como
é engraçado né, o que parece ser concreto, torna-se de repente um
fiasco!

Ainda bem que em tudo, a palavra de Deus nos ensina! E hoje o
versículo acima, gritou no meu coração: Seja em grande ou pequena
quantidade, o mal virá. Ele vem para os bons e para os maus; para os
santos e para os pecadores; para os salvos e para os condenados. O
mal sempre vem!

Jesus precaveu seus discípulos a respeito disso; e, diante desta
realidade, o Salvador liberou duas possibilidades: ser conformado com
o mal do dia apenas, ou inquietar-se de tal modo a sofrer o mal do
dia de hoje e dos dias que se seguirão. Você percebeu como essa
inquietação com o amanhã tem transtornado sua fé? Viu como sua vida
perdeu a alegria? Acha natural viver desse modo?

Jesus quer lhe ensinar a ir muito além! Uma vida de fé e confiança
integral em Deus é possível. Nós nem sabemos se teremos amanhã; para
que se preocupar tanto com ele? Pense nisso, Jesus não quer que você
sofra tanto assim! Deixa Ele cuidar de você!

Fica na Paz e em Paz! E quem sabe, até mais.

ATENTADOS CONTRA A LIBERDADE

de Dennis Downing

O dia 11 de setembro é uma data que será sempre lembrada pelo povo
dos Estados Unidos como o dia dos atentados contra as Torres Gêmeas
em Nova York. Foi um atentado não somente contra civis inocentes, mas
contra a própria liberdade.

11 de Setembro é também um dia de triste lembrança em outro país. Em
11 de Setembro de 1973, Augusto Pinochet liderou um golpe militar no
Chile que impôs 17 anos de ditadura àquele país.

De acordo com relatos oficiais, mais de 3 mil pessoas morreram ou
desapareceram durante a ditadura de Pinochet. Um dos primeiros a
perder sua vida foi o próprio Presidente deposto, Salvador Allende.

Allende, político socialista, fora eleito em votação democrática no
Chile três anos antes. Ele preferiu morrer em meio aos ataques do
golpe militar, a se entregar. Ele se alojou no palácio conhecido como
“La Moneda” e lá morreu num ataque impiedoso ao local que simbolizava
o governo democrático do Chile.

Segundo relatos, Allende tinha o hábito de entrar e sair do palácio
por uma porta lateral na Rua Morand, número 80. Não era a rampa
oficial, nem um portão enfeitado e dourado. Era uma porta simples,
que dava para uma rua comum.

Era a porta por onde Allende entrava e saía, não como presidente,
mas, como cidadão qualquer, sem cerimônia – um chileno comum. Essa
era a porta que Allende preferia.

Num ato cheio de significado, depois que o cadáver de Allende foi
retirado pela porta da Rua Morand, o ditador Pinochet mandou lacrar
aquela porta. Era uma tentativa de sufocar qualquer memória do regime
democrático e da liberdade Chilena.

Com seus soldados, canhões e serviço secreto, o ditador Pinochet
manteve aquela porta fechada. Ele também manteve o povo do Chile
preso e oprimido com sua mão de ferro. Cidadãos comuns foram presos e
torturados. Outros desapareceram para nunca serem vistos pelos seus
queridos. Todos que sofreram assim eram culpados da única falha de
desejar e buscar a liberdade.

Por quase trinta anos a porta da Rua Morand, número 80, permaneceu
lacrada. Ninguém abriu. Ninguém passou por ela. Mesmo depois que a
ditadura de Pinochet acabou, as sombras de seu poder e o medo da sua
influência continuaram a manter a porta da Rua Morand lacrada.

Mas, numa Quinta feira, 11 de setembro de 2003, a porta da Rua
Morand, 80, foi reaberta. Apesar de demorar 30 anos, a porta que
simbolizava a liberdade de um país finalmente foi reaberta. E por ela
passou o presidente do Chile, Ricardo Lagos, num ato carregado de
sentido que dizia para o povo do Chile – “estamos livres novamente.”

Livres da ditadura, livres da opressão, livres para escolher quem vai
nos governar, livres para ir e vir.

A liberdade é uma das qualidades mais preciosas para o ser humano.

Revoluções e revoltas. As mais sangrentas batalhas e guerras da
humanidade foram travadas para conquistar ou garantir a liberdade.

Uma das poucas coisas pelas quais o ser humano é capaz de lutar e dar
a sua vida é conquistar ou defender sua liberdade.

Cerca de 1940 anos antes da reabertura da porta na Rua Morand em
Santiago, Chile, outra porta foi reaberta.

Foi também um ato cheio de significado. Foi também um evento marcado
pelo derramamento de sangue.

Naquele local havia também uma porta fechada e lacrada. Naquela
ocasião houve a preocupação de enterrar para sempre as esperanças de
um povo.

Naquele dia também, parecia que a liberdade havia acabado. Parecia
que o inimigo ganhara a batalha final.

Mas, não era assim.

E a resposta não demorou trinta anos. Apenas três dias.



Aqueles três dias pareciam talvez como anos para o pequeno bando de
seguidores. Para aqueles que viram seu líder brutalmente assassinado
e enterrado, parecia que não havia mais chance, nem de sonhar.

Mas, naquele primeiro dia da semana, as duas mulheres que foram ao
túmulo cuidar do corpo de seu querido Senhor viram o lacre do túmulo
quebrado, a porta aberta e encontraram um anjo poderoso, brilhando
como um raio de sol, protegendo a porta aberta...

CAMINHOS E FRUTO

de Dorian Anderson Soutto

Um principio básico é que uma árvore nunca produz fruto para consumo
próprio. Eles estão sempre lá na estação certa, prontos para serem
colhidos. São frutos que nascem e crescem na Palavra, como cita o
Salmo primeiro.

"Pois será como a árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual
dá o seu fruto no seu tempo; as suas folhas não cairão, e tudo quanto
fizer prosperará".

Logo entenderemos que este "prosperará" é no mundo espiritual. A
igreja avançará e o propósito do Senhor se cumprirá, e será da forma
Dele e para Ele.

Faço um convite para observarmos não somente os frutos produzidos por
outrem, mas os nossos próprios. Será que temos produzido amor,
alegria, paz, paciência, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão,
domínio próprio? Pelo menos um dos nove citados em Gálatas 5:22?

Por seus frutos os conhecereis...

Quero enfatizar que existe um chamado falso no mundo, um chamado à
porta larga de caminho espaçoso, um chamado de homens que conduzem ao
próprio.

Façamos uma analogia entre dois homens com chamados distintos.

Abraão e Ló. Gênesis 13.

Abraão foi chamado por Deus, para sair de sua parentela e ir para um
lugar que Deus mostraria. Deus chama Abraão e Abraão chama Ló.

Ló tinha um chamado de Abraão e não de Deus. Podemos ver a diferença
entre um e outro em seus frutos. Quando vem a crise somente os frutos
verdadeiros são aprovados.

A crise chegou juntamente a Abraão e Ló.

Uma contenda entre pastores por espaço poderia ser facilmente
resolvida se fosse um povo somente, mas eram dois povos; não existia
uma unidade, mas dois chamados distintos.

Abraão escolhe a Fé; Ló o mundo.

Acontece com freqüência em nossas igrejas. Muitos tropeçam e retornam
ao mundo. Mas esta prova serve apenas para mostrar a inclinação de
tal coração. O mundo estava no coração e teria que ser alcançado de
qualquer forma. O conflito foi somente a desculpa.

O homem de fé pode sempre deixar o homem natural fazer a primeira
escolha, pois sabe que para onde ele for a bênção irá junto. “Sê tu
uma benção!”

O homem de fé sabe que a diferença é a presença constante de Deus em
sua vida.

Ló escolhe a campina.

Quão natural é a lei de "Gerson" em nosso meio, sempre querendo levar
vantagem em tudo. O coração inclinado para o mundo leva-nos a
valorizar as coisas do mundo.

Ló estende suas tendas até Sodoma. Distancia-se do chamado para
atender o deus do século presente. Chega a se assentar às portas da
cidade, um lugar de honra. Conseguiu posição de destaque entre os
filhos da iniqüidade.

Hoje podemos ler em Hebreus 11, destinado aos heróis da fé: "Pela fé
Abraão, sendo chamado, obedeceu, indo para um lugar que havia de
receber por herança; e saiu, sem saber para onde ia". Mas não lemos
em lugar algum "pela fé Ló se assentou na porta da cidade".

Quantos em busca de posições de destaque, aclamados por homens, são
desprezados pelo nosso Senhor!

Por seus frutos os conhecereis...

Que possamos refletir sobre os caminhos que temos trilhado,
verificando os frutos, frutos que só se encontram no verdadeiro
Caminho. Por onde tem caminhado? Como está o seu fruto?

Veja o resto desta mensagem: Quem te chamou?, e também de Dorian:
Minha igreja e meus irmãos

COLOQUE A ISCA

de Alan Smith

Um pai levou seu filho para pescar num rio. Eles colocaram a linha
com os anzóis e iscas e foram até o chalé onde estavam hospedados.

Uma hora depois voltaram para o rio para ver se haviam pego alguma
coisa. Vários peixes haviam sido fisgados nos anzois. “Eu sabia que
haveria, pai”, declarou o filho. “Como você sabia”? perguntou o pai.
“Porque eu orei”, o meninos disse.

Então, eles colocaram mais iscas nos anzóis e voltaram ao chalé para
jantar. Depois, desceram ao rio outra vez e havia mais peixes
fisgados na linha. “Sabia”, falou o menino. “E como”? pergunto o pai.
“Orei de novo”, falou o filho.

Então eles colocaram a linha outra vez e voltara ao chalé. Antes de
dormir eles desceram de novo ao rio. Desta vez não havia peixes.
“Sabia que não teria”, declarou o menino. “Como você sabia”?
perguntou o pai. “Porque” falou o menino “Desta vez eu não orei”. “E
por que não”? indagou o pai. “Porque eu lembrei que esquecemos de
colocar a isca nos anzóis”, falou o menino.

Ambos os elementos são essenciais.

Há um ditado popular que diz assim “Ore como se tudo dependesse de
Deus, mas, trabalhe como se tudo dependesse de você.” Eu não estou
completamente satisfeito com este ditado porque parece que está
dizendo que devíamos viver nossas vidas como se Deus não estivesse
fazendo nada (quando a verdade é que, se alguma coisa acontece, será
porque ele a fez acontecer).

No entanto, posso apreciar o sentimento de que não devíamos
simplesmente orar e daí relaxar e esperar que Deus faça alguma coisa.
Entretanto, parece que fazemos isso o tempo todo. Oramos para que
Deus abençoe os necessitados. E depois, o que é que fazemos para
abençoá-los? Será que Deus vai fazer descer do céu encomendas de
comida e roupas? Ele os ajudará através de pessoas como nós suprindo
suas necessidades.

Parece que nossas consciências são tranquilizadas quando pedimos a
Deus para cuidar dos enfermos, dos necessitados, dos abandonados,
enquanto nós relaxamos e não fazemos nada para ajudar. Orar por todas
as pessoas que não conhecem Jesus nos faz sentir bem enquanto vivemos
nossas vidas sem falar dEle às pessoas ao nosso redor. Sentimos que
“cumprimos o nosso dever” orando por missionários, sem ao menos
enviar uma palavra de encorajamento a quem está no campo missionário.

Em essência, deixamos de colocar a isca no anzol, e daí oramos para
que Deus fisgue os peixes. Note a diferença, porém, neste exemplo que
Neemias deixou para nós:

Hanani, um dos meus irmãos, veio de Judá com alguns outros homens, e
eu lhes perguntei acerca dos judeus que restaram, os sobreviventes do
cativeiro, e também sobre Jerusalém. E eles me responderam: “Aqueles
que sobreviveram ao cativeiro e estão lá na província passam por
grande sofrimento e humilhação. O muro de Jerusalém foi derrubado, e
suas portas foram destruídas pelo fogo”. Quando ouvi essas coisas,
sentei-me e chorei. Passei dias lamentando-me, jejuando e orando ao
Deus dos céus... O rei me disse: “O que você gostaria de pedir?”
Então orei ao Deus dos céus, e respondi ao rei: Se for do agrado do
rei e se o seu servo puder contar com a sua benevolência, que ele me
deixe ir à cidade onde meus pais estão enterrados, em Judá, para que
eu possa reconstruí-la. Neemas 1:2-4; 2:4-5



Note que Neemias não só orou a Deus para que ele reconstruisse os
muros de Jerusalém. Ele orou e daí se esforçou para fazer tudo que
ele podia para realizar aquele projeto. Ambos os elementos são
essenciais. Que as nossas orações sejam não só para que Deus abençoe
os outros, mas, que Deus nos use para abençoar aqueles ao nosso
redor. Não ore por peixe, a não ser que você esteja disposto a
colocar a isca no anzol.

NÃO O IMPEÇAM!

de Henry Blackaby

“Mestre”, disse João, “vimos um homem expulsando demônios em teu nome
e procuramos impedi-lo, porque ele não era um dos nossos.” Marcos
9:38

À primeira vista, parece nobre a atitude dos disípulos de Jesus, que
guardavam com tanto cuidado a ortodoxia de Seu ministério. Eles
encontraram uma pessoa expulsando demônios em nome de Jesus, mas, que
não fazia parte do grupo sob seu controle, e exigiram que o homem
parasse. Entretanto, Jesus enxergou a hipocrisia dos discípulos. Eles
haviam recebido também o poder de expulsar demônios, porém haviam
fracassado na tentativa (Marcos 9:28).

Os discípulos devem ter ficado constrangidos quando falharam
publicamente na sua tentativa de expulsar um demônio de um menino. No
entanto, encontraram um homem expulsando demônios que nem andava com
Jesus como eles. Eles deviam estar se preocupando com sua própria
falta de vitalidade e força espiritual. Deviam ter se arrependido com
a repreensão de Jesus sobre falta de fé (Mt 17:20). Mas ao contrário,
eles focalizaram nos outros. Ao invés de se arrepender dos seus
pecados e lamentar sua impotência espiritual, os discípulos tentaram
impedir uma pessoa que estava experimentando sucesso espiritual.

Às vezes, é mais fácil diminuir as vitórias espirituais dos outros do
que confrontar honestamente nossas próprias derrotas. A resposta de
Jesus aos discípulos provavelmente os surpreendeu quando disse “Não o
impeçam”(Mc 9:39). Ele lhes assegurou de que “quem não é contra nós
está a nosso favor” (v.40).

Você já aprendeu esta lição vital? Você consegue comemorar as
vitórias espirituais dos outros? Você está encorajando aqueles que
servem o Senhor de maneiras diferentes ou que pertencem a grupos
diferentes do seu?

O VERDADEIRO SÃO JOÃO

de Dennis Downing

Eu moro no nordeste. Para muitas pessoas aqui, Junho é o mês de São
João. Maria, a mãe do nosso Senhor Jesus Cristo e Isabel eram
parentes (Lc 1:36). Segundo a tradição, elas combinaram para que,
quando o filho de Isabel nascesse, esta ascenderia uma fogueira para
avisar a Maria. Daí surgiu a tradição das fogueiras na véspera de São
João. O filho que nasceu a Isabel foi aquele conhecido como João
Batista.

Hoje, curiosamente, devido à proximidade do feriado de São João com o
de Corpus Christi, muitos resolvem “trocar” o feriado de Corpus
Christi pelo de São João. Ou seja, ao invés de separar um dia para
comemorar Corpus Christi, uma data designada para lembrar a
instituição da eucaristia, comemoram uma data mais festiva, a de São
João.

Alguns podem alegar com toda razão que nenhuma das datas consta nas
Escrituras e portanto não devem ser nem reconhecidas. Mas, outros
respeitam e separam um tempo especial para estes dias. Talvez nem
devíamos ligar. Ou talvez poderíamos aproveitar a oportunidade para
lembrarmos a nós mesmos e aos nossos próximos que, por trás de
feriados e datas e nomes de santos, haviam personagens verídicos, com
histórias de grande importância para nós hoje. O que será que o
próprio João Batista, o “São João”, teria pensado da festa em sua
homenagem? Como era o São João da Bíblia?

A missão de João foi prevista em profecia (Mt 3:3; Isa 40:3; Mal 3:1)
e seu nascimento anunciado por um anjo (Lc 1:13-17). Ele era cheio do
Espírito Santo desde antes que nasceu (Lc 1:15). Como adulto, João
pregou com poder, sendo ouvido por multidões que se arrependeram e
foram batizadas (Mc 1:4-5). O próprio Jesus pediu para ser batizado
por João (Mt 3:13) e afirmou que “entre os nascidos de mulher,
ninguém apareceu maior do que João Batista” (Mt. 11:11).

Apesar de tudo isso, João reconheceu que por maior e mais importante
que sua missão fosse, ele seria ultrapassado por Jesus. Ao se
comparar pessoalmente a Jesus, ele afirmou “Convém que ele cresça e
que eu diminua.”

João falou assim de Jesus:
“Após mim vem aquele que é mais poderoso do que eu, do qual não sou
digno de, curvando-me, desatar-lhe as correias das sandálias.” Mc 1:7
Quando Jesus quis ser batizado por João, João respondeu: “Eu é que
preciso ser batizado por ti, e tu vens a mim?” Mt 3:14
..viu João a Jesus, que vinha para ele, e disse: “Eis o Cordeiro de
Deus, que tira o pecado do mundo! É este a favor de quem eu disse:
após mim vem um varão que tem a primazia, porque já existia antes de
mim.” João 1:29-30
“Convém que ele cresça e que eu diminua. Quem vem das alturas
certamente está acima de todos; quem vem da terra é terreno e fala da
terra; quem veio do céu está acima de todos” João 3:30-31

A profecia a respeito de João focalizou a coisa mais importante que
ele seria e faria: “Voz do que clama no deserto”. João proclamou a
vinda de Jesus. Ele anunciou a missão de Jesus. Ele não gastou seu
tempo e energia falando de si ou de sua missão. Ele se concentrou
naquele que era mais importante – Jesus. Alguém disse “João foi
apenas uma voz, mas ainda podemos ouvir o som daquela voz ecoando
pelos corredores dos séculos.”

O que aquela voz anunciou ainda precisa ser anunciado hoje. O mundo
precisa ouvir ainda que Jesus é o Cordeiro de Deus, que tira o pecado
do mundo, que há uma esperança e que a morte não é o fim das nossas
vidas.

Nos anos ’50 o famoso evangelista W.E. Sangster descobriu que tinha
uma doença incurável, que causava atrofia muscular progressiva. Seus
músculos iriam aos poucos atrofiar e ele perderia sua voz. Sangster
se entregou ao máximo no seu trabalho de missões domésticas na
Inglaterra.

Mas, aos poucos sua voz acabou por completo. Tremendo, ele ainda
conseguia segurar uma caneta. Na manhã de seu último domingo de
páscoa, poucas semanas antes de falecer, ele escreveu um recado para
sua filha.

Na mensagem ele escreveu, "É terrível acordar no domingo de Páscoa
sem voz para proclamar "Ele ressuscitou!". Porém, mais terrível ainda
seria ter uma voz e não ter nada para proclamar."

Ao lembrarmos “São João” nesta época do ano, podemos não ter muita
eloqüência ou posição de destaque. Podemos estar apenas num lugar
humilde e com poucos recursos. Mas, a maioria de nós temos tudo que
João tinha – o conhecimento de quem é Jesus e o que Ele fez por nós –
e uma voz para anunciar. Que sejamos fiéis naquilo que o Senhor nos
deu e aonde ele nos colocou, vozes proclamando a Jesus Cristo, ainda
que no deserto.

PAIS E FILHAS

de Heather Helton

[Quatro anos atrás publicamos este artigo que levou muitos pais a
refletirem sobre seus relacionamentos com suas filhas. Se você
conhecer um pai que poderia ser beneficiado pelo artigo, por favor,
envie o link ou o artigo inteiro, junto com o nosso endereço para
ele. Que todo pai possa ser o pai que seu filho ou filha merece!]

Pais, este artigo está em nome de suas filhas que precisam de vocês
desesperadamente. Estas palavras não vêm com a intenção de culpar,
machucar, ou apontar dedos, mas para provocar reação em vocês. A
entrarem em ação. Nós, filhas feridas, somos um dilema nacional.
Vocês não ouvirão falar de nós no jornal das oito, mas estamos aqui.

Estamos vivendo debaixo do seu teto, comendo da mesma mesa de jantar
que você, vertendo da mesma jarra de suco. Estamos passando pelo
menos dezoito anos, ou 6.570 dias com você em casa. Nós passamos por
você no corredor e ficamos curiosas sobre por que nós não somos
interessantes o bastante para chamar sua atenção. Queremos saber o
que é que um jogo na televisão ou um jornal tem que nós não temos.
Ficamos curiosas para saber por que você não fica tão animado com
suas filhas quanto você fica com aquele jogo de campeonato.

Estamos atentas ao fato de que você não parece muito interessado em
nossas palavras, nossos sentimentos, nossas convicções mais íntimas e
nossas dúvidas. Embora você não veja, por dentro estamos chorando.

Quando você nos ignora você está mudando o que nós somos. Você está
mudando o que fomos feitas para ser, e não para o melhor. Você pode
não ver qualquer impacto de sua ausência emocional agora, mas logo
você verá. Quando começarmos a beber, usar drogas, e ter relações
antes de casar, então você verá. Quando nós enganarmos, mentirmos,
dirigirmos alcoolizadas, namorarmos sujeitos ruins, e acabarmos
grávidas fora de casamento, então você verá. Você verá nossa baixa
auto-estima manifestada. Nossa insegurança tomará vida e você
provavelmente ficará furioso conosco. Mas, você não devia estar. Você
devia estar furioso é com você mesmo, por não prestar mais atenção a
nós quando nós éramos pequenas meninas.

Pais, nós estamos doendo.

Pais, nós lhes agradecemos a educação, nosso abrigo, comida, e
roupas. No entanto, pais, nós precisamos de mais.

Nós temos corações sensíveis. Mas você não saberia disso porque você
nunca fitou nossos corações.

Nós não somos como meninos. Talvez meninos podem ser duros, mas nós
precisamos da ternura do nosso papai.

Nós precisamos de seu conforto quando doemos.

Nós precisamos que você nos ame afetuosamente com um amor constante,
para que saibamos o que procurar num homem quando nós crescermos. Por
constantemente, eu quero dizer constantemente. Diariamente. De hora
em hora. Todo o tempo.

E quando você está em casa conosco, realmente esteja em casa conosco.
Ler o jornal e ir para cama, enquanto não diz uma só palavra o tempo
todo a nós, não é estar conosco.

Nós nos sentimos ignoradas.

Nós nos sentimos tristes.

Você nos faz sentir inseguras sobre nós mesmas. E pior de tudo, você
está moldando – ou destruindo – nossa imagem do é que paternidade.

Sim, você está nos moldando. O que nós nos tornaremos está em suas
mãos. Você não sabia? Você está nos moldando literalmente como barro.

Talvez você nos quis, talvez não. O fato permanece: NÓS ESTAMOS AQUI.

Nós somos humanas, estamos vivas, e precisamos mais de você.

Talvez você se relaciona melhor com meninos. Nós não somos meninos.
Nós precisamos mais de você.

A maneira como você trata nossas mães é crucial para que saibamos
como desenvolver nosso próprio relacionamento amoroso. Quando você
fere nossa mãe de qualquer forma, nós não gostamos. Nossas mãe estava
lá, tentando preencher o vazio que você escolhe deixar diariamente em
nossas vidas. Você não entendeu isso?? Você devia se desdobrar
agradecendo nossa mãe por assumir o que você largou.

O que é mais importante de tudo, nós vemos nosso Pai Celestial na
mesma luz que nós vemos nossos pais terrestres. Se você nos ignorar,
acreditamos então que Deus nos ignora. Se você nos ferir, nós vemos
Deus como um que nos fere. Se você age como você não quer estar junto
de nós, nós vamos acreditar que Deus não deve querer ou estar junto
de nós também. Você é o elo! Você está segurando a chave!

Há uma canção de John Mayer chamado "Filhas." (“Daughters” em inglês)
Procure esta música, compre-a, e escute.

Nós somos mesmo criaturas muito delicadas.

E nós precisamos de você.

Isso aí é o ponto.

Não estamos tentando lhe ferir ou lhe derrubar.

Mas estamos rogando que você preste atenção em nós.

Se você não o fizer, nós não cresceremos emocionalmente e isso
afetará o resto de nossas vidas, nossos cônjuges futuros, nossos
filhos futuros e todos os nossos relacionamentos para sempre.

Por favor, passe o quanto tempo puder conosco. Tempo de qualidade.

Diga para nós que somos bonitas.

Diga para nós que somos talentosas.

Diga para nós que você nos ama mais do que você imaginava que era
possível.

Fale para nós.

Se nós não ouvimos coisas boas de você sobre nós, nós não cresceremos
emocionalmente ou espiritualmente e isto nos afetará fisicamente.
Toda ênfase que podemos dar a isso é pouco!

Nós nos voltaremos a outras fontes para nos fazer sentir bem, estando
elas certas ou erradas.

Então você ficará furioso conosco por nos voltarmos àquelas coisas.
Mas a realidade é que, se você tivesse formado relacionamentos de
verdade, relacionamentos íntimos, amorosos, honestos e genuínos
conosco, nós não teríamos procurado essas coisas.

Esses meninos pelo menos nos fazem sentir especiais. Você nunca fez
isso!

Álcool e drogas pelo menos tiram nossas mentes da nossa depressão e
ansiedade que você deixou conosco nos ignorando todos estes anos.


Vocês vêem, pais, é realmente simples.

Só prestem atenção.

E amem-nos.

QUAL O PROPÓSITO DA MINHA VIDA?

de Phil Ware

Pois o amor de Cristo nos constrange, julgando nós isto: um morreu
por todos; logo, todos morreram. E ele morreu por todos, para que os
que vivem não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles
morreu e ressuscitou. 2 Coríntios 5:14-15

"Qual o propósito da minha vida?" Por mais importante que seja esta
pergunta, a pergunta mais importante de todas é "Para quem estou
vivendo?" Somente uma pessoa pode assegurar que eu nunca morrerei,
porque Ele já morreu por mim e conquistou a morte! Se Ele estava
disposto a morrer por mim, com certeza eu vou viver para Ele, e ele
me guiará!

Oremos: Senhor vitorioso, obrigado por me dar a vitória sobre a morte
através de Jesus, meu Senhor. Obrigado por me dar a vitória sobre o
pecado através da morte sacrificial dEle. Obrigado por me dar vitória
hoje na minha vida à medida que vivo para Ele. Através do precioso
nome de Jesus eu oro. Amém. Do Devocional Para Hoje
www.iluminalma.com/dph/

Se você quer saber a vontade de Deus para sua vida veja as dicas
aqui: "Buscando a Vontade de Deus"

QUEM É ESTE?

de Dennis Downing


Então Jesus disse a ela: “Seus pecados estão perdoados”. Os outros
convidados começaram a perguntar: “Quem é este que até perdoa
pecados?” Lucas 7:48-49

Jesus pronuncia os pecados de uma "pecadora" perdoados. Sem pagamento
de promessas ou indulgências, sem sofrimento ou dor. Simplesmente
perdoados. A declaração dele assustou e talvez ofendeu alguns dos
convidados à festa na casa de Simão, o Fariseu. Como é que pôde? Quem
ele pensava que era?

Boa pergunta! Realmente, quem é este que até perdoa pecados? Dizer
que seus pecados são perdoados não quer dizer que eles são pouca
coisa e portanto não importam. Se era pouca coisa e não importava,
não precisava de perdão. Nem tampouco quer dizer que é tudo relativo,
e você é que sabe. E muito menos significa que você terá que pagar
pelos seus pecados.

Em dois mil anos já saiu cada teoria para explicar quem Jesus é e o
que ele veio fazer! Mas, uma coisa é clara nas próprias palavras de
Jesus aqui - ele entendia que era mesmo Deus e tinha toda autoridade
para perdoar pecados.

Jesus declarou objetivamente naquele momento àquela mulher que seus
pecados foram perdoados. O que ele havia falado sobre ela antes (v.
47), agora ele comunicou pessoalmente a ela. Pecados perdoados. E
ponto final!

Quem é este que até perdoa pecados? Boa pergunta mesmo! Sua resposta
a essa pergunta será decisiva para determinar seu futuro eterno.
Procure bem a resposta verdadeira.

Oremos: Nosso Deus, nosso Pai, não compreendo nem um pouco como o
Senhor pode ser os dois. Mas, dou-lhe graças agora e creio pela
eternidade, porque o Senhor é não só nosso Deus, mas, nosso Pai
também. E estarei eternamente grato porque seu Filho Jesus Cristo,
homem e Deus ao mesmo tempo, veio nos salvar. Obrigado pela fé que
nos deu e pelo Senhor que nos enviou. Em nome de Jesus agradecemos.
Amém.

SEGUINDO O FEIXE DE LUZ

de Paulo Roberto Barbosa

"Qualquer que vem a mim e ouve as minhas palavras, e as observa, eu
vos mostrarei a quem é semelhante: É semelhante ao homem que edificou
uma casa, e cavou, e abriu bem fundo, e pôs os alicerces sobre a
rocha; e, vindo a enchente, bateu com ímpeto a corrente naquela casa,
e não a pode abalar, porque estava fundada sobre a rocha. Mas o que
ouve e não pratica é semelhante ao homem que edificou uma casa sobre
terra, sem alicerces, na qual bateu com ímpeto a corrente, e logo
caiu; e foi grande a ruína daquela casa" (Lucas 6:47-49).

Humphrey Lee narra uma experiência ao visitar um pequeno aeroporto e
assistir a decolagem de um avião à noite. "Enquanto o avião se coloca
na cabeceira da pista, um assistente aciona um interruptor e um feixe
de luz se acende ao longo do caminho da aeronave. O avião segue a
rota traçada por aquelas luzes até deixar, graciosamente, o chão e
continuar seu caminho através da escuridão. O assistente, então,
desliga o feixe de luz. Ele fez tudo que ele podia fazer. Ele não
dispersou a escuridão--mas ele ajudou o piloto a ter um bom começo."

É isso que acontece quando abrimos o nosso coração para Jesus, nosso
Senhor e Salvador. Ele não nos livra da escuridão, nem das lutas, nem
dos problemas, nem das dificuldades, nem das tempestades deste mundo.
Mas Ele nos mostra o caminho, dirige nossos passos, conduz-nos em
segurança até que possamos alcançar os nossos objetivos.

Ele é a luz que emoldura as sendas por onde passamos. Ele é o
conforto quando a angústia nos atinge. Ele é o braço amigo quando nos
sentimos sós e desalentados. Ele é o bem mais precioso que podemos
guardar no peito. Ele é o ponto de partida para alcançarmos os Céus.


Como mostra os versos de nosso início,as enchentes de aflição se
lançam contra todos -- tanto os que constroem sua casa espiritual na
areia, sem firmeza, como os que constroem suas casas na rocha, na
presença de Deus. Os últimos, com toda certeza, ficam firmes e gozam
das bênçãos maravilhosas do Senhor.

Você continua envolvido pela escuridão ou tem seguido o feixe de luz?

UM BANDO DE LIÇÕES

de Autor Desconhecido

Fato: Gansos voando em formação, ao baterem suas asas, criam um fluxo
de ar que ajuda a sustentar os gansos que os seguem. Voando no
formato de “V”, o bando inteiro tem um alcance de vôo até 70% maior
do que se cada ave voasse sozinha.

Lição: Pessoas que compartilham uma direção em comum e um senso de
comunidade chegam ao seu destino com mais facilidade quando ajudam
uns aos outros no caminho.

Fato: Se um ganso sair da formação, ele sente a resistência e a força
extra necessária para voar sozinho. Consequentemente, ele volta logo
à formação para aproveitar a aerodinâmica das outras aves do grupo.

Lição: Se tivermos ao menos o bom senso de um ganso, ficaremos
alinhados com aqueles que estão indo na mesma direção.

Fato: Quando o ganso da frente cansar, ele volta para trás na
formação e outro assume a posição de ponta.

Lição: Vale a pena compartilhar a liderança e revesar o trabalho
cansativo.

Fato: Gansos voando em formação grasnam para encorajar os que estão
na frente a manterem o ritmo.

Lição: É importane que o nosso “grasnar” seja encorajador, e não o
contrário!



Fato: Quando um ganso adoece ou é alvejado, outros dois descem com
ele para tentar protegê-lo. Eles ficam com o outro ganso até ele
morrer ou poder voltar a seguir o vôo.

Lição: Quando sofremos, cabe aos nossos próximos ficarem ao nosso
lado.

UM BOM PAI VALORIZA SEUS FILHOS

de Max Lucado
“Jenna, acorde! Hora de ir pra escola!”

Ela vai ouvir essas palavras umas mil vezes na vida dela. Mas hoje
foi a primeira vez que ela as ouviu.

Eu me sentei na beira da cama dela por um tempo, antes de dizer essas
palavras. Para dizer a verdade, eu não queria pronunciá-las. Eu não
queria acordá-la. Uma hesitação esquisita pairou sobre mim enquanto
eu me sentava na escuridão da manhã. Eu fiquei em silêncio. Eu sabia
que minhas palavras a acordaria para um novo mundo.

Durante quatro rápidos anos ela havia sido nossa, só nossa. E agora
tudo iria mudar.

Nós a colocamos na cama ontem à noite como “nossa menina”-
propriedade exclusiva de Mamãe e Papai. Mamãe e Papai liam para ela,
ensinavam-na, escutavam-na. Mas a partir de hoje, outra pessoa faria
isso também.

Até hoje eram Mamãe e Papai que enxugavam suas lágrimas e colocavam
Band-Aids. Mas a partir de hoje, outra pessoa também o faria.

Eu não queria acordá-la.

Até hoje, a vida dela era essencialmente limitada a nós – Mamãe,
Papai e a irmãzinha Andrea. Hoje aquela vida cresceria – novos
amigos, uma professora. O mundo dela estava nessa casa – o quarto
dela, seus brinquedos, seu balanço. Hoje seu mundo expandiria. Ela ia
entrar nos corredores sinuosos da Educação – pintura, leitura,
cálculos…sendo transformada.

Eu não queria acordá-la. Não por causa da escola. É uma boa escola.
Não porque eu não queira que ela aprenda. Deus sabe que eu quero que
ela cresça, leia, amadureça. Não porque ela não queira ir. Durante
esta semana ela só falou da escola!

Não. Eu não queria acordá-la porque eu não queria abrir mão dela.

Mas mesmo assim eu a acordei. Eu interrompi sua infância com a
inevitável proclamação “Jenna, acorde!… Está na hora de ir à escola!”

Eu demorei demais pra me arrumar. Denalyn me viu cabisbaixo, e me
ouviu sussurrando “O sol nasce e o sol de põe”, e disse, “Você não
vai agüentar passar pelo casamento dela.” Ela está certa.

Dirigimos para a escola em dois carros para que de lá eu pudesse ir
direto para o trabalho. Eu pedi a Jenna para ir comigo. Eu achei que
deveria dar a ela um pouco de segurança de pai. Mas na verdade era eu
quem estava precisando de segurança.

Apesar de ser alguém que se dedica a trabalhar com palavras, eu
consegui muito poucas para compartilhar com ela. Eu disse a ela que
esperava que ela gostasse da escola. Disse-lhe para obedecer à
professora. Eu disse, “se você se sentir sozinha ou com medo, diga à
professora para ligar para mim e eu virei e lhe pegarei.” “Tá bom!”,
ela sorriu. Então ela perguntou se poderia ouvir escutar umas músicas
infantis. “Tá bom!” Eu respondi.

Daí, enquanto ela cantava canções, eu prendia o choro. Eu a observei
enquanto cantava. Ela parecia grande. Seu pequeno pescoço se esticava
o máximo que podia para ver por cima do painel do carro. Seus olhos
estavam famintos e brilhantes. Suas mãos estavam juntas no colo. Seus
pés tinham tênis cor de rosa com turquesa, novinhos em folha, que mal
ultrapassavam o assento do carro.

“Denalyn estava certa,” eu resmunguei para mim mesmo. “Eu não
agüentarei passar pelo casamento dela.”

O que está se passando na cabeça dela? Eu imaginei. Será que ela sabe
o quão alta é essa escada da Educação que ela vai começar a subir
hoje de manhã?

Não, ela não sabe! Mas eu sabia. Quantos quadros de salas de aula
aqueles olhos verão? Quantos livros as suas mãos segurarão? Quantos
professores os seus pés seguirão e – ai! – imitarão?

Se eu tivesse poder, eu reuniria no mesmo instante todos os
professores, instrutores, técnicos e tutores que ela teria nos
próximos dezoito anos e anunciaria, “Esta não é uma estudante comum.
É minha filha. Tenham cuidado com ela!”

Ao estacionar e desligar o motor do carro, minha grande filha se
tornou pequena de novo. E foi a voz de uma menina muito pequena que
quebrou o silêncio. “Pai, eu não quero sair do carro.”

Eu olhei para ela. Os olhos que antes estavam brilhantes agora
pareciam amedrontados. Os lábios que haviam cantado agora estavam
trêmulos.

Eu lutei contra um desejo extraordinário de atender ao seu pedido.
Tudo em mim queria dizer “Tá bom, vamos deixar isso pra lá e vamos
embora daqui!” Por um breve momento eu considerei a possibilidade de
seqüestrar minhas filhas, pegar minha esposa e fugir das garras
horríveis do progresso para viver para sempre no Himalaia.

Mas eu sabia que era errado. Eu sabia que era hora. Eu sabia o que
era certo e que ela ficaria bem. Mas eu não sabia que seria tão
difícil dizer, “Querida, você estará bem. Venha, eu lhe levo.”

E foi tudo bem. Um passo dentro da sala de aula e o gato da
curiosidade tomou conta dela. E eu saí. Eu abri mão dela. Não tanto.
E não tanto quanto eu terei que fazê-lo no futuro. Mas eu abri mão do
quanto eu podia hoje.

Enquanto andava de volta para minha caminhonete, um versículo bateu
na minha cabeça. Foi uma passagem que eu havia estudado antes. Os
eventos de hoje levaram o versículo da teologia em preto e branco
para a colorida realidade.

“Que diremos, pois, diante dessas coisas? Se Deus é por nós, quem
será contra nós? Aquele que não poupou seu próprio Filho, mas o
entregou por todos nós – como não nos dará juntamente com ele, e de
graça, todas as coisas? (Romanos 8:31-32, itálico do autor)

Foi assim que você se sentiu, Deus? O que eu senti hoje de manhã
pareceu em alguma coisa com o que você sentiu quando abriu mão de seu
Filho?

Caso sim, explica tantas coisas. Explica a proclamação dos anjos para
os pastores nos arredores de Belém. (Um pai cheio de orgulho ao
anunciar o nascimento de seu filho)

Explica a voz no batismo de Jesus, “Este é meu Filho…”(Você fez o que
eu queria fazer, mas não podia)

Explica a transfiguração de Moisés e Elias no topo da montanha. (Você
os mandou para encorajá-lo)

Explica o quanto o seu coração deve ter doído ao ouvir a voz
quebrantada de seu filho “Pai, afasta de mim este cálice.”

Eu estava deixando Jenna num ambiente seguro com uma professora
compassiva, a qual estaria pronta para enxugar qualquer lágrima. Você
deixou Jesus numa arena hostil com um soldado cruel, o qual deixaria
as costas dele em carne viva.

Eu disse Adeus a Jenna sabendo que ela faria novos amigos, daria
gargalhadas e desenharia. Você disse Adeus a Jesus sabendo que
cuspiriam nele, ririam dele e o matariam.

Eu abri mão da minha filha sabendo que , se ela precisasse de mim, eu
estaria ao lado dela imediatamente. Você disse Adeus ao seu filho
totalmente ciente de que quando ele mais precisasse de você, quando
seu grito de desespero bradasse através dos céus, você ficaria em
silêncio. Os anjos, no entanto, em suas posições, não ouviriam
nenhuma ordem sua. Seu filho, apesar de estar em angústia, não
sentiria conforto vindo de suas mãos.

“Ele deu o seu melhor,” Paulo argumenta, “Por que duvidar do amor
dele?”

Antes que o dia terminasse, eu sentei em silêncio pela Segunda vez.
Desta vez, não ao lado da minha filha, mas diante de meu Pai. Desta
vez não triste pelo que eu teria que dar, mas grato pelo que eu já
havia recebido – prova viva de que Deus se importa.

VITÓRIA PASSO A PASSO

de Henry Blackaby

O SENHOR, o seu Deus, expulsará, aos poucos, essas nações de diante
de vocês. Vocês não deverão eliminá-las de uma só vez, se não os
animais selvagens se multiplicarão, ameaçando-os. Deuteronômio 7:22

Quando Deus guiou Seu povo à Terra Prometida, Ele o fez passo a
passo. Se Ele tivesse permitido que Seu povo eliminassem seus
inimigos de uma vez, a terra teria ficado muito difícil de ser
administrada. Então Ele permitiu que alguns inimigos ficassem por um
tempo a fim de manter a terra e limitar o número de animais
selvagens. Ao fazer isso, Deus ensinou ao Seu povo a confiar nEle em
cada passo. Ele lhes deu apenas a responsabilidade com a qual podiam
lidar no momento.

Enquanto Deus lhe guia no seu crescimento espiritual, Ele permitirá
que você enfrente desafios que se encaixam com seu caráter e seu
relacionamento com Ele. Deus não mudará seu caráter totalmente de uma
vez quando você se tornar um cristão. Ao invés disso, Ele lhe guiará
num processo que lhe fará mais parecido com Seu Filho. Ele continuará
a operar numa área da sua vida até que ela seja controlada pelo
Espírito Santo.

Pode ser que você vai desejar ardentemente ter maturidade em certa
área de seu caráter, mas crescimento constante e gradual é mais
duradouro. Deus não tomará atalhos no processo de transformar você
mais como Jesus. Ele vê sua vida da eternidade e Ele levará o tempo
que for necessário para produzir crescimento espiritual duradouro em
você.

Não fique impaciente enquanto Deus está operando na sua vida. Não
procure mais responsabilidades além daquelas que Ele lhe deu. Obedeça
a tudo que você sabe que Ele lhe pediu, e Ele lhe guiará num ritmo
que se encaixa com seu caráter atual e os propósitos dEle para você.